Parte do universo fascinante e inusitado da pintura
de Frida Kahlo – revolucionária, comunista, feminista – será apresentado de
forma a promover um encontro entre vida e obra. Sua feição criativa transborda
da sua solidão, das feridas abertas, de seu corpo mutilado, rachado, sustentado
por colete de aço e gessos, da frustração em não poder gerar um filho dentro de
seu útero perfurado. Os autorretratos, emergidos de seu íntimo, nada mais são
do que o corpo diferenciado refletido no espelho que extirpa a sua dor, ao
mesmo tempo em que recompõe a sua imagem num processo de encontro consigo
mesma. A obra de Frida é sem dúvida intrigante e nos convida a um mergulho nas
profundezas de seu eu interior.
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